Prof. Fernando Buarque PPG-EC da POLI/UPE, em 04/08/2021 (ano dois da horrível pandemia)
KPI-1 “O DOCUMENTO”:Não é fácil estabelecer os ingredientes de uma boa pesquisa e nem que ela foi bem sucedida. MAS, se constar no texto final o problema claramente definido e analisado, se a revisão das pesquisas conexas tiver sido realizada de forma (semi ou) sistemática, se houver sido identificado um ou mais bons competidores, se houver uma ideia *sua que resolva (parte d)o problema, e se os experimentos realizados demonstrarem que bons resultados sobre o problemaforam produzidos e bem analisados (i.e. que recobrem os objetivos identificados e que superam em parte a competição), isso são fortes fatores de convencimento para a Banca avaliadora. Pergunte-se: “Meu documento possui claramente todos esses pontos? Eles estão todos efetivamente realizados e descritos? Eu estou incluindo apenas o que é necessário (i.e. não estou enchendo linguiça)?”
KPI-2 “PUBLICAÇÕES”:Não é fácil estabelecer as evidências objetivas de que uma pesquisa teve sucesso. MAS, se houver publicação em local sériosobre conceito-problema escolhido/proposto, e também sobre os resultados obtidos, esses são fortes fatores de convencimento para a Banca avaliadora e para o seu Programa de Pós-Graduação de vínculo. Uma publicação sobre a revisão da literatura e outra longa sobre o trabalho completo são bônus cada vez mais esperados (para o doutorado, são mandatórios).Pergunte-se: “Minhas publicações recobrem claramente o que escolhi investigar? Elas estão todas efetivamente realizadas conforme os métodos e critérios aceitos para a área de pesquisa? Eu publicando porque tenho resultados (i.e. não estou enchendo linguiça)?”
KPI-3 “VOCÊ”:Não é fácil estabelecer o momento em que alguém se torna um pesquisador independente. MAS, se houver um documentofinal que atenda ao KPI-1, se houver publicações que atendam ao KPI-2, e se você não incorrer no erro-mor (ver a seguir), esses são fortes fatores de convencimento para a Banca avaliadora, para seu Programa de vínculo e para seu Orientador/Programa. Entretanto o argumento final será o momento em que você, com seus botões, possa efetivamente criticar a si mesmo (isso se chama: senso crítico), não depender da opinião de ninguém para selecionar e definir um tema de pesquisa (isso se chama: autonomia), saber propor uma forma de organizar um trabalho de pesquisa (isso se chama: saber-projetar), se houver evoluído uma forma de realizar o trabalho de pesquisa afinada com a sua comunidade de pesquisa (isso se chama: ter método), se tiver estabelecido padrõespara avaliar os seus próprios resultados (isso se chama: elevados critérios de aceitabilidade), e finalmente o mais importante, se vocêestiver feliz com o seu trabalho. Pergunte-se: “Minha pesquisa atende ao que se espera dela? Fui zeloso o suficiente (nem demais e nem de menos)? Eu sei que muito raramente uma tese/dissertação ganha um prêmio, que dirá o Nobel?” Eu me tornei um PESQUISADOR (i.e. não estou enchendo linguiça)?”
NÃO-KPI-BONUS “ERRO-MOR”: Nunca pergunte ao seu orientador se sua pesquisa terminou. Deixo para você pensar no porquê disso. Se não conseguir entender a pergunta,a resposta é você não terminou sua pesquisa! Dica: ‘stricto sensu’ visa a formação de pesquisador independente. -Aliás, poupe se orientador de todas as coisas evitáveis, use-o como consultor não com assessor!
[‘Danke’! ‘-Pass it forward to a Student-in-need’ :-)]